quarta-feira, 27 de julho de 2016

CHARQUEADAS

SUSEPE SE MANIFESTA SOBRE INTERDIÇÃO DA PEC

Susepe busca medidas para resolver superlotação prisional histórica

Em relação à interdição na Penitenciária Estadual de Charqueadas (PEC), a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) esclarece que:

1 - A decisão judicial será acatada. Para tanto, a Susepe vem adotando medidas para solucionar os problemas históricos e permanentes de superlotação na PEC.
2 - No momento não temos vagas disponíveis. Uma das razões da lotação é o aumento significativo de mandados de prisões desde 2015.
3 - O governo do Estado acelera a abertura de novas vagas na Região Metropolitana.
4 - Vamos remanejar apenados conforme forem surgindo vagas nos estabelecimento prisionais, haja visto que a superlotação se agrava em função das interdições de casas prisionais da Região Metropolitana.
5 - São três casas que já atingiram o teto máximo de lotação e duas penitenciárias interditadas por problemas estruturais.
6 - Em um primeiro momento, a Engenharia Prisional da Susepe busca alternativas para o tratamento de esgoto a fim de reduzir problemas apontados na interdição.
7 - A Susepe esclarece ainda que não há falta de alimentos no estabelecimento prisional e todas as refeições são servidas regularmente.

  Entenda o caso:

  A Justiça determinou na terça-feira (26), a interdição total da Penitenciária Estadual de Charqueadas (PEC).  Com isso, fica proibida a entrada de novos presos na cadeia. A decisão é da juíza Sonáli da Cruz Zluhan, da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre.

Desde 2012, a penitenciária está interditada. Entretanto, era permitida a entrada de um novo preso, com a saída de outro; desde que o limite máximo de apenados fosse respeitado.

(Foto: Sonáli da Cruz Zluhan/Divulgação

 
Em alguma celas, presos precisam dormir no chão (Foto: Tribunal de Justiça/Divulgação)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Incêndio em centro de reabilitação mata sete em Arroio dos Ratos


Pelo menos sete pessoas morreram em um incêndio em uma casa de reabilitação para dependentes químicos localizada em Arroio dos Ratos, a cerca de 60 quilômetros de Porto Alegre, na madrugada desta quinta-feira (21). O fogo teria começado na unidade do Centro Novos Horizontes por volta da 1h.

As vítimas foram identificadas pela Polícia Civil como Adriano de Souza Antunes de Souza, Eliventon Silva, Gabriel Souza Roso, Gustavo de Brito Fagundes, Paulo Hervetto, Samir Prestes Ferreira e Matheus Scheidt Petrich.

Seis das vítimas morreram no local, e uma a caminho do hospital do município, que fica na Região Carbonífera do Rio Grande do Sul. Cerca de 40 pessoas estavam internadas no local. As chamas atingiram a parte traseira do centro de reabilitação, que fica em uma área isolada da cidade.
“Foi muito rápido. Uma cena de terror. Muito triste. Nunca tinha visto uma coisa dessas”, lamenta o monitor voluntário Milton Lima.

Outras 11 pessoas ainda recebem atendimento médico, sendo que algumas foram levadas para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.

Conforme a Polícia Civil, as vítimas estavam em salas fechadas com grades e não teriam conseguido deixar o local. Sobreviventes conseguiram sair de uma das salas ao quebrarem as janelas.
De acordo com a Brigada Militar, o fogo ocorreu em uma área que era destinada para pessoas que estavam em início de tratamento, e que ficavam separadas dos demais pacientes.
“Era uma área isolada, um centro de observação onde o residente chega e é colocado ali para avaliação mais detalhada”, explica Lima.

O monitor suspeita que os dependentes podem ter planejado uma rebelião para conseguir escapar do local. “Houve uma conversa no pátio. Eles queriam fazer algo para chamar a atenção à noite. Acredito que eles mesmo colocaram fogo em algum colchão para a gente ir lá e abrir. Eles deram um tiro no pé. Não conseguiram controlar o fogo, tomando uma proporção enorme.”

Outras 20 pessoas que estavam no local e conseguiram se salvar foram levadas para a delegacia da cidade para prestar depoimento. O primeiro a ser ouvido deve ser o coordenador do local. Três monitores são responsáveis pelos internos no período da madrugada.

Ainda não há informações sobre as causas do incêndio, mas o Instituto Geral de Perícias (IGP) foram até o local para fazer análises.

                                                                                                                         
Fonte: G1  Foto: Correio do Povo