quinta-feira, 21 de setembro de 2017

SEGURANÇA PÚBLICA

PRESO DA PEJ ERA LÍDER DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DE ROUBO DE VEÍCULOS


     A Polícia Civil, por meio da 19ª Delegacia de Polícia, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), a Operação Mercancia, com o objetivo de desarticular organização criminosa envolvida em roubo, clonagem e receptação de veículos. Foram cumpridos 41 mandados judiciais, sendo 25 de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e uma apreensão de adolescente infrator. Também foi deferido o bloqueio de valores das contas correntes e o sequestro dos veículos dos investigados.
Durante a operação, 16 pessoas foram presas, sendo apreendidos quatro automóveis clonados, três armas, dois simulacros de arma de fogo, drogas, celulares e documentos de automóveis. Os mandados foram cumpridos em Viamão, Gravataí, Alvorada, Canoas, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Portão, Montenegro e Charqueadas.
 
     Foram nove meses de investigação, que começaram com a prisão em flagrante de um foragido em janeiro deste ano, na área da 19ª DP. Segundo o delegado Juliano Ferreira, a organização criminosa, chefiada por um homem recolhido na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), atuava adquirindo em torno de 25% dos carros roubados e furtados na capital e na Grande Porto Alegre, pagando, em média, R$ 1.500 por carro. A seguir, encaminhavam os veículos para locais alugados, onde permaneciam durante o processo de clonagem e venda. Os veículos clonados eram vendidos, em especial, para criminosos do Paraná, de Santa Catarina e da Serra gaúcha. O valor de venda dependia do modelo, podendo chegar a R$ 14 mil, caso de camionete importada.
 
“Cada integrante ganhava de acordo com o serviço prestado. Os indivíduos responsáveis pelo roubo e furto, ganhavam em torno de R$ 1.500 por carro. O clonador ganhava por volta de R$ 800. Os responsáveis pelas garagens e estacionamentos ganhavam R$ 100 e os que transportavam ganhavam em torno de R$ 350. Somando tudo, podemos verificar o valor aproximado de quanto custa uma clonagem”, relatou o delegado Juliano Ferreira. “Importante destacar que, às vezes, a própria organização realizava o roubo, a fim de aumentar seus ganhos. Além disso, eles também extorquiam os proprietários dos veículos, com o único objetivo de aumentar o ganho. Na verdade, o veículo jamais era devolvido”, complementou.
 
    Também foi apurado que, se o integrante do grupo fosse preso durante alguma atividade realizada para a organização, toda a despesa com o processo - desde o acompanhamento do flagrante, pagamento de fiança, ou dinheiro enviado para a galeria onde estivesse preso - era paga pela organização criminosa.
 
    Aproximadamente 150 policiais civis participaram da ação, que também contou com o apoio do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE) e do Grupamento de Operações Especiais (GOE).
 
Texto: Ascom Polícia Civil
Edição: Sílvia Lago/Secom
Foto: Divulgação/PC

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